Análises e NotÃcias
Dethroning the King
Julie Macintosh
Um relato da improvável aquisição de um Ãcone empresarial americano (Anheuser-Busch) por uma cervejaria “belga” comandada por brasileiros.
A Anheuser-Busch foi fundada em 1860 e permaneceu sob o comando familiar por gerações. A empresa chegou a ter 50% de participação de mercado e sua principal marca a Budweiser (BUD) tinha reconhecimento global. A narrativa é dividida em duas frentes: a compra hostil da Anheuser-Busch pela InBev e a história empresarial do grupo. Ainda que possamos ovacionar a maestria e agressividade da InBev na aquisição, a verdadeira história é como um lÃder de mercado era presa e não o predador.
Ao longo do tempo a famÃlia foi se desfazendo da sua participação na companhia. O que poucos entendem é que a falta de alinhamento entre os gestores e acionistas foi o principal motivos da mudança do controle. O livro é recheado de exemplos de excessos corporativos à s custas dos investidores e da performance da empresa. Um à parte interessante é a importância da sucessão corporativa e o papel do conselho de administração na condução deste processo.
Não acreditamos que exista uma regra no que é melhor empresas com “dono” ou de controle disperso. O que acreditamos são empresas com acionistas presentes, sejam eles controladores ou não. O livro é um exemplo de como é importante selecionar empresas aonde o conselho de administração e executivos tem que “colocar na reta”. O titulo do livro vem bem a calhar: “Destronando o rei” pode ser interpretado pelo fato do slogan da Bud ser “Rei das Cervejas”, mas preferimos pensar que o destronado foi a famÃlia(executivos) que assim como uma monarquia acreditava que a sua posição e benefÃcios estavam ali por “direito”.Â